sábado, 4 de dezembro de 2010

O P da poesia - Fechamento da discussão do fórum

"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi."  
                                                              Mário de Andrade

                   As palavras de Mário de Andrade retratam muito bem a espontaneidade que deve estar presente na escritura de quaisquer textos, principalmente no poético. A poesia é um texto essencialmente emotivo, que trabalha com o interior, o sensitivo de cada ser. Um mesmo texto poético pode apresentar diversas interpretações de acordo com a leitura que cada um faz desse texto. É na idade mais tenra que precisamos iniciar esse trabalho de reconhecimento emocional que a poesia proporciona.
                   A poesia possui um universo rico e encantador, onde o sonho e a realidade andam de mãos dadas. Poesia é sentimento, sensibilidade, humanidade. É falar para o mundo do nosso próprio mundo. Possibilitar ao aluno perceber suas emoções e reconhecer seus sentimentos é facilitar a descoberta de si, do outro e do mundo. Produzir poesia é trabalhar com a emoção e também brincar com a imaginação usando palavras que despertam, além de pensamentos, as sensações, emoções, sentimentos...
Essa iniciação poderá ser feita com atividades mais livres como o brincar com palavras, ler poesia, ouvir músicas, montar rimas, explorar a natureza, escrever na areia, escrever com água, escrever no chão... tudo o que desenvolva e liberte a imaginação. Sem regras, sem normas, só sentimento e emoção. É aprender brincando, associando imagem, escrita e som. É “Escrever com o coração e desafiar a razão”, palavras já ditas sobre a poesia em outra época por autor do qual não me recordo o nome. Já os aspectos formais da poesia começarão a ser observados e respeitados à medida que a criança (jovem) tenha desenvolvido seu senso de estrutura textual. Quando começa a ficar “mais exigente” com sua própria escrita. Para tanto, cabe a nós, mediadores educacionais, fornecermos aos nossos alunos textos (poéticos e não-poéticos) diversos de estruturas simples, médias e complexas para que percebam que não há limites para uma produção. Precisamos fornecer condições de avançarem em suas próprias criações e descobrirem como é belo e rico o mundo da leitura.

                                                             Luciane, Neusa, Elisa, Carla

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